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Kiel, Alemanha
28.09
No Mar Báltico a escultura inicia a sua viagem pela Europa, dando voz aos peixes. Conta como o bacalhau e o arenque desapareceram do oceano e os prados de ervas marinhas transformaram-se em desertos.
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Kiel, Germany
06.10
Como enfrentamos a crise em que o Mar Báltico, o peixe e as pescas se encontram e será que existe uma oportunidade na crise? Painel de discussão com especialistas da ciência, política, pesca e ONGs.
O Problema:
As populações de peixes e a biodiversidade marinha no geral estão ameaçadas pela sobrepesca e pelo uso de práticas de pesca destrutivas. A captura de peixes a um ritmo mais rápido do que eles podem se reproduzir pode causar o colapso de populações inteiras de peixes, com efeitos diretos e indiretos para o ecossistema do qual fazem parte. As práticas de artes de pesca destrutivas, como a pesca de arrasto de fundo, causam danos irreversíveis aos habitats marinhos e diminuem as suas capacidades de mitigação climática. A captura acidental de mamíferos marinhos, aves marinhas, tubarões e peixes não comerciais tem efeitos devastadores na biodiversidade e nos ecossistemas marinhos.
A Solução:
Para proteger os oceanos das artes de pesca destrutivas, precisamos mudar para métodos de pesca de baixo impacto no meio ambiente, bem como para um ambiente de trabalho justo e seguro para os pescadores que aplicam essas práticas. Somente, com uma transição justa como esta seremos capazes de criar um futuro com as populações de peixes saudáveis, onde a vida oceânica possa prosperar novamente e onde a pesca possa fornecer alimentos sustentáveis e saudáveis para os seres humanos. A nossa interação com o oceano no futuro procurar melhorar a saúde e o bem-estar da vida marinha, e não a prejudicar.
A ação artística
Neste outono, uma coalizão de ONGAS europeias de conservação marinha está a organizar uma ação artística para aumentar a conscientização sobre as ameaças que a pesca representa para o oceano. Uma escultura atuará como defensora do oceano trazendo à superfície a destruição dos habitats marinhos e da vida selvagem. A escultura irá viajar da Alemanha para Portugal via Luxemburgo, França e Espanha, e em cada parada, um evento público ocorrerá, destacando uma grande ameaça que o oceano enfrenta naquela área. Esta ação irá conectar pessoas, arte e natureza em toda a Europa com o objetivo de discutir e criar soluções conjuntas para o futuro.
Porquê arte?
A Natureza tem muito mais valor do que os conhecidos bens e serviços materialistas atribuídos pelo mundo ocidental. Assim como a arte, a natureza tem um valor emocional e espiritual para o ser humano, devido à beleza e significado cultural, espiritual e inspirador. A natureza é uma fonte de significados históricos e sociais, valores, sentimentos, ideias e associações que inspiram as pessoas. Especialmente o oceano sempre foi um lugar de inspiração e fascínio.
Sobre a escultura
A escultura é uma mulher carregando um peixe do oceano para terra. Durante séculos, nenhum “recurso marinho” moldou tanto a conexão dos humanos com o oceano quanto os peixes. A escultura é uma defensora da vida selvagem marinha, que está alertando para a destruição de habitats e criaturas marinhas. Ela é uma testemunha do que nós humanos fizemos aos oceanos após décadas de extração e destruição. Ela está pretende nos desafiar a repensar e recriar nossa conexão com o oceano.
“Se há poesia no meu livro sobre o mar, não é porque eu deliberadamente a coloquei lá, mas porque ninguém poderia escrever com verdade sobre o mar e deixar de fora a poesi”
Sobre o artista
Jared Bartz pertence à tradição da escultura representacional, esculpindo obras no material com uma precisão única. A perfeição de sua obra contrasta fortemente com a imperfeição do processo de produção. Graças às técnicas rudimentares de processamento da motosserra, as obras do escultor são caracterizadas por suas superfícies ásperas. Essas texturas são a marca registada de Bartz, conferindo às suas esculturas uma força tátil e uma vitalidade distinta.
